Os quatro princípios da tomada de decisão na economia

Os quatro princípios da tomada de decisão na economia

Principalmente quando se trata de economia, os recursos disponíveis não são ilimitados, é importante saber administrar os recursos existentes a fim de que os mesmos não venham a faltar. Na tarefa de determinar como escolher entre os recursos à disposição temos que, invariavelmente, tomar decisões. Você sabe quais são os quatro princípios da tomada de decisão na economia? Vamos lá então!

Conforme Mankiw (1999, p. 4): “Economia é o estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. Na maior parte das sociedades os recursos não são alocados por um único planejador central, mas pelas ações combinadas de milhões de famílias e empresas”.

No que tange à tomada de decisões, o professor de economia de Harvard e autor de artigos sobre o tema, N. Gregory Mankiw, determinou alguns conceitos/princípios da tomada de decisão.

Os quatro princípios da tomada de decisão na economia

Os quatro princípios sugeridos pelo ilustre professor são: pessoas enfrentam trocas, o preço de algo é o que você desiste para conseguir aquilo, pessoas racionais pensam na margem e pessoas respondem a incentivos. Vamos à análise pormenorizada de cada um deles.

Os quatro princípios da tomada de decisão na economia

  • 1º Pessoas enfrentam trocas:

    As atividades econômicas praticadas pelas pessoas são, na verdade, trocas. Como já afirmado, os recursos não estão totalmente disponíveis de forma que a escolha de um recurso, normalmente, quer dizer abrir mão de outro. Dessa forma, é de vital importância que saibamos determinar o que é realmente importante e necessário a fim de fazer as escolhas corretas. Quando fazemos compras em um supermercado com a quantidade de dinheiro limitada, por exemplo, devemos escolher o que efetivamente compraremos. Tradeoff é o termo utilizado em economia para definir essa escolha. Conforme o professor de Harvard:

A primeira das lições acerca da tomada de decisões se resume no dito popular de que ´Nada é de graça`. Para obter alguma coisa de que desejamos, em geral temos de abrir mão de outra coisa da qual gostamos. Tomar decisões exige comparar um objetivo com outro (MANKIW, 1999).

  • 2º O preço de algo é o que você desiste para conseguir aquilo:

    O segundo princípio refere-se à comparação que o consumidor deve fazer entre o ônus dispendido e o benefício recebido. Quando a pessoa resolve financiar um carro, por exemplo, ela tem que saber que não terá disponível o valor correspondente às parcelas todo mês, até terminar de pagar. Para adquirir algo, sempre é necessário abrir mão de um bem para adquiri-lo, no geral, dinheiro.

Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de decisões exige a comparação dos custos e benefícios dos vários cursos de ação. Em muitos casos, contudo, o custo de alguma ação não é tão óbvio como poderia parecer à primeira vista” (MANKIW, 1999).

  • 3º Pessoas racionais pensam na margem:

    Por mais que tentemos, nossas opções nunca são completamente previsíveis, existem “desvios” ou, em termos econômicos, mudanças marginais, para melhor ou para pior. Dessa maneira, considerando que as pessoas racionais pensam na margem, o tomador de decisões executa a ação quando considera que o benefício marginal é maior que o custo marginal. Um exemplo prático disso é quando escolhemos um produto pela marca ou loja, pensando no “pós compra”, o produto pode ser o mesmo, mas os “extras” ou “marginais” serão diferentes. Assim,

Muitas decisões na vida envolvem a efetivação de pequenos ajustes incrementais a um plano de ação existente. Os economistas os denominam alterações marginais. Em muitas situações, as pessoas tomarão decisões melhores se pensarem na margem” (MANKIW, 1999).

  • 4º Pessoas respondem a incentivos:

    As pessoas, como visto, podem fazer escolhas. Essas decisões são tomadas calculando se o benefício é maior que o ônus, considerando, ainda, as variáveis. Assim, alterações no processo efetivamente alteram a decisão das pessoas, de forma que incentivos, certamente, causarão tal alteração. Comprar em uma loja que dá descontos em compras posteriores é um exemplo disso. Conclui-se, então, que:

Como as pessoas tomam decisões comparando custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quando os custos ou os benefícios se alteram. Isto é, as pessoas respondem a incentivos (MANKIW, 1999).

Dessa maneira, vimos que os recursos disponíveis na sociedade, vida e natureza são, efetivamente, finitos. Devemos escolher, então, entre os que estão ao nosso alcance e, para isso, devemos fazer escolhas, ou seja, tomar decisões a fim de melhor escolhermos e administrarmos os recursos escolhidos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia. Trad. Maria José Cyhlar Monteiro. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

Esperamos que com esse artigo você tenha aprendido um pouco mais sobre os quatro princípios da tomada de decisão na economia.

Princípios da administração pública – Resumo

Princípios da administração pública - resumo

Neste resumo dos princípios da Administração Pública buscamos dar as noções básicas necessárias sobre o assunto, sem nos aprofundarmos muito no tema, a fim de servir de objeto de estudo, principalmente, para não estudantes de direito. Vamos lá então!

A República Federativa do Brasil, como estado democrático de direito que é, rege-se por preceitos legais. No que se refere à administração pública, a obediência a tais preceitos é ainda mais necessária, pois, caso assim não o fosse, estaria a sociedade à mercê dos gostos e caprichos dos administradores.

Também em razão disso, há princípios ou conceitos basilares que devem ser observados em toda prática administrativa. Havendo esses princípios, a própria legislação existente em um país deve estar adequada a eles, sob pena de perder sua eficácia efetiva.

Em nosso País, os princípios gerais da administração pública estão previstos no próprio texto constitucional, de forma que devem ser observados tanto pelos administradores como pelos legisladores na criação de novas leis. Conforme artigo 37 da Constituição Federal:

A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: […] (grifo nosso)

Dessa forma são, no Brasil, cinco os princípios basilares da administração pública, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Tais princípios, principalmente entre os estudantes para concurso, são conhecidos como LIMPE. Como fica claro no citado artigo constitucional, a observância aos princípios deve existir tanto na administração direta como na indireta, nos níveis federal, estadual e municipal.

Princípios da administração pública - Resumo

Conceito dos princípios da administração pública

Carvalho Filho (2012:39-42) apresenta quadro conceituador de cada princípio:

Princípio Conceito
  • Legalidade
Toda e qualquer atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, a atividade é ilícita.
  • Impessoalidade
Igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar aos administradores que se encontrem em idêntica situação jurídica. Faceta dos princípios da isonomia e da finalidade.
  • Moralidade
Impões que o administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua conduta.
  • Publicidade
Indica que os atos da Administração devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os administrados.
  • Eficiência
Busca pela produtividade e pela economicidade; exigência da redução dos desperdícios de dinheiro público, da prestação de serviços com perfeição e rendimento funcional.

 

Interessante notar que tais princípios não são apenas normas gerais sem aplicação prática. A inobservância de tais princípios torna o ato administrativo ilegal, tanto na administração direta como na administração indireta. Você sabe a diferença entre elas?

Administração pública direta:

O conjunto formado pela somatória de todos os órgãos públicos recebe o nome de Administração Pública Direta ou Centralizada. Pertencem à Administração Direta todas as entidades federativas, ou seja, União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios” (Mazza, Ob. Cit., p. 132).

Administração pública indireta:

O conjunto de pessoas jurídicas autônomas criadas pelo Estado recebe o nome de Administração Pública Indireta ou Descentralizada” (Mazza, Ob. Cit., p. 133).

São da administração pública indireta, portanto: Autarquias Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

Referências Bibiográficas

Brasil. Constituição Federal. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acessado em 20/03/2015.

Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 25 ed. São Paulo: Atlas, 2012.

Mazza, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 2ª edição, Saraiva, 2012.

Oliveira, João Rezende Almeida e Costa, Tágory Figueiredo Martins. Instituições de Direito Público e Privado. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2012.

Espero que tenham gostado de nosso resumo dos princípios da administração pública.

Teoria da burocracia de Max Weber – Resumo

Teoria da burocracia de Max Weber

A Teoria da Burocracia de Max Weber teria se popularizado por volta do ano de 1940, já após a morte do autor. Max Weber, juntamente com Taylor e Fayol, está entre os principais pensadores da teoria administrativa. A teoria burocrática surgiu em clara oposição a suas antecessoras, ou seja, à Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas. A primeira era criticada pelo seu excesso de mecanicismos e a segunda pelo seu ingênuo romantismo.

A teoria de Max Weber foi marcante em sua época e o é até os dias atuais, tendo em vista o seu pioneirismo. Dessa forma, várias pesquisas posteriores reportam-se à Teoria da Burocracia de Max Weber ou para apoiar-se nela, ou pela criticá-la. Importante frisar, também, que a teoria da burocracia de Max Weber tem alguns traços mais ligados à sociologia do que a administração em si.

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Origem da Teoria da Burocracia de Max Weber

Teoria da Burocracia de Max WeberA teoria burocrática de Max Weber é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins pretendidos. Dessa forma, na teoria burocrática há grande ênfase na eficiência. Estudos apontam que os primeiros traços de burocracia tenham surgido ainda na antiguidade, com os códigos de conduta e normatização de comportamento entre estado e população.

No entanto, para Weber, a burocracia como a conhecemos tem suas origens vinculadas às alterações religiosas ocorridas após o Renascimento. Max Weber verificou que o sistema produtivo moderno, tipicamente racional e capitalista, teve como embrião o conjunto de normas morais da chamada “ética protestante”, que pregava o culto ao trabalho duro, poupança e aplicação de excedentes de produção.

O grande crescimento pelo qual passaram as organizações do período de Weber fez com que a Teoria Clássica e a das Relações Humanas não fossem mais capazes de suprir suas necessidades. Era imperioso que algo fornecesse mais formalidade, impessoalidade e eficiência ao processo.

Burocracia e Autoridade

A relações burocráticas são tipicamente autoritárias. Os subordinados aceitam as ordens de seus superiores por admitirem a ideia de que tais ordens estão amparadas por normas e preceitos legais. Dessa maneira, a obediência não deriva de nenhuma pessoa em si, mas sim do conjunto de normas e regulamentos estabelecidos e aceitos como legítimos por todos.

Em conceito mais amplo, a própria relação do povo com seus governantes baseia-se em preceitos burocráticos. O povo aceita as leis como legítimas por acreditar que as mesmas foram elaboradas em uma espécie de cooperação entre a própria população e seus representantes políticos.

Com isso, toda a esfera administrativa, principalmente no serviço público, serve para replicar a vontade da ideologia política em vigor. Os funcionários, ou burocratas, devem agir de maneira estritamente prevista nas normas e regulamentos que os regem. Normas e regulamentos esses criados por quem? Políticos. Concepção essa, mais claramente ligada à sociologia do que à administração.

Concluindo, toda organização administrativa de um sistema burocrata é feita de maneira a refletir a vontade política de um grupo de pessoas, nunca é totalmente impessoal.

Conceito comum de burocracia e o de Weber

No senso comum, a burocracia é vista geralmente sob uma ótica pejorativa. Quando se fala em burocracia, normalmente associa-se a ideia de grande acumulo de papeis documentais e de procedimentos vistos quase sempre como desnecessários. Na verdade, essa é a disfunção da burocracia, ou seja, um defeito no sistema burocrático, mas não é o sistema em si.

Na Teoria da burocracia de Max Weber o conceito é completamente diverso. A burocracia prima pela total eficiência da organização e, para que se alcance a eficiência, todos os detalhes formais devem ser vistos com antecedência, a fim de que não existam interferências pessoais que acabem por atrapalhar o processo.

Formalidade nas comunicações

Na organizações burocráticas as comunicações devem ser essencialmente escritas. Todas as regras e decisões devem constar em algum documento para que possam ter validade formal. Em razão disso, quando deparamo-nos com procedimentos tidos como burocráticos são cobrados vários tipos de documentos e várias vias de papéis assinados. Se não estiver documentado, não há validade!

Burocracia e divisão do trabalho

Uma organização burocrática é essencialmente autoritária e hierarquizada. Há divisão sistêmica do trabalho de forma que cada um possui cargos e funções específicas, de competências e responsabilidades distintas. Cada membro do processo deve saber exatamente qual posição ocupa e que trabalho realiza. Dessa maneira, as atribuições administrativas são altamente especializadas e distribuídas de acordo com os fins que se pretende alcançar.

Principais características do sistema burocrático

  • Autoridade
  • Hierarquia e divisão do trabalho
  • Formalidade no atos e comunicações
  • Especialização dos funcionários
  • Impessoalidade nas relações

Espero, com este artigo, ter esclarecido um pouco mais sobre a Teoria da burocracia de Max Weber.

Sistema de custos

Sistema de custos

Querendo saber um pouco mais sobre sistema de custos? Vamos apresentar noções básicas sobre o assunto neste artigo.

Faz parte de qualquer organização, dentro do processo de tomada de decisões, a existência de ferramentas que os gestores devem fazer uso visando melhorar a competitividade de sua empresa em seu nicho de atuação.

O sistema de custos é uma dessas importantes ferramentas. Tal sistema municia o gestor de informações sobre a estrutura de custos de sua organização. Trata-se, pois, de um instrumento eficaz que pode ser utilizado nos âmbitos estratégico, tático e operacional da organização.

  • No nível operacional acontece a coleta dos dados;
  • No nível tático acontece a diferenciação e classificação destes dados, de maneira a transformá-los em informações padronizadas;
  • No nível estratégico as informações fornecidas pelo nível tático são usadas para a tomada de decisões estratégicas como: quais os melhores produtos, que produtos devem ser fortalecidos ou cortados e definição de melhorias no controle de custos.

Sistema de Custos

O que é sistema de custos: conceito

O sistema de custos é, dessa maneira, a coleta, classificação e organização de dados no que se refere aos custos de serviços e produtos da organização, de forma a transformar tais informações em relatórios de dados estatísticos e padronizados.
Martins vai no mesmo sentido, afirmando que “O sistema representa um conduto que recolhe dados em diversos pontos, processa-os e emite, com base neles, relatórios na outra extremidade.” (MARTINS, 2001).

Além das características acima citadas, o sistema de custos é capaz de auxiliar no gerenciamento e monitoramento do desempenho da organização.

As organizações com grande foco na competitividade estão a utilizar o sistema de custos para os mais diversos intentos:

  • Desenvolver produtos que vão ao encontro das expectativas dos clientes e que possam render bons lucros;
  • Quais setores necessitam de melhoria continua ou descontinua no que se refere a qualidade, eficiência e velocidade;
  • Escolha de fornecedores; e
  • Melhor definição dos investimentos necessários e melhorias em determinados produtos;

É evidente que somente a utilização do sistema de custos de forma isolada não fará com que a organização alcance os fins desejados, no entanto, não há como negar que o mesmo é uma ferramenta de grande importância.

Fonte:

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

O que significa plágio? Não perca seu diploma!

O que significa plágio

Você já se perguntou o que significa plágio? Muitas vezes por falta de conhecimento ou por conhecimento parcial da gravidade do ato, alguns acadêmicos acabam, seja em trabalhos de meio de curso ou de conclusão de curso, praticando condutas que podem ser consideradas plágio.

Mas afinal, o que significa plágio?

Plágio é o ato de apresentar como sua, obra ou parte de obra pertencente a outra pessoa, sem dar-lhe o respectivo crédito.

Assim, a “cópia” de trecho de artigo alheio, seja de livro ou da internet, não é considerada por si só plágio, a menos que você não cite a fonte.

Muitos acadêmicos ainda não assimilaram a ideia de que, como simples acadêmicos, nós não introduzimos nada de novo em nossos trabalhos. Quando na faculdade, nossos textos devem limitar-se a discorrer sobre temas e pontos de vistas sobre os quais outros autores já escreveram e, em razão disso, podemos e devemos usar partes dos artigos desses autores a fim de fortalecer o que estamos afirmando.

Alguns pensam, também, que só será considerado plágio a cópia feita de autores renomados. Contudo, utilizar em seu trabalho, texto completo ou parte de texto, pertença ele a quem pertencer, sem citar a fonte, é plágio, não importa se de livro, revista, jornal, blog… enfim, usar “palavras” de outra pessoa sem citar a fonte é plágio.

O que significa plágio?

Como evitar o plágio?

Como já dissemos, você pode e deve utilizar ideias de outros autores em seus trabalhos. Fazer citações, na verdade, enriquece seu texto, dando maior credibilidade ao mesmo e mostrando que você pesquisou sobre o tema.

No entanto, tal procedimento deve ser feito por meio de citações “formais” e deve obedecer às normas da ABNT. Em relação a isso, recomendamos este artigo do BRASIL ESCOLA que fala mais sobre o tema.

Bom, agora que você já sabe o que significa plágio, de agora em diante, use o Ctrl+c e Ctrl+v (copiar e colar), mas diga de onde veio o Ctrl+c!

Aspas antes ou depois do ponto final? Não é detalhe

Aspas antes ou depois do ponto final

Aspas antes ou depois do ponto final? Essa é uma dúvida muito comum que temos ao fazer citações em nossos trabalhos, sejam elas de livros ou de textos da internet. Você já teve essa dúvida? Vem comigo e vamos ver como se faz. Apesar de parecer simples detalhe, é interessante que nos preocupemos com os mesmos, já que trata-se citações utilizadas em trabalhos acadêmicos, não é mesmo?

Então, dependo do caso, as aspas podem ser usadas antes ou depois do ponto, vamos ver caso a caso o uso de aspas nas citações.

Aspas antes ou depois do ponto final

Aspas antes do ponto

Quando a citação é complemento da frase que estamos escrevendo, o ponto vem depois, pois ele fecha nossa frase e não a citação.
Ex: Eu realmente penso que “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”.

Aspas antes ou depois do ponto final?

Aspas depois do ponto

Se o período vem isolado ou começa e termina com aspas, o ponto vai dentro, pois fecha a citação.
Ex: “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena.” Essa era a filosofia de Senhor Madruga.

Outros casos

Caso se coloque informações entre parênteses após a citação, o ponto deve ser colocado no final de tudo.
Ex: “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena” (Madruga, 1980, f. 14).

Caso a citação termine com uma interrogação ou exclamação, por exemplo, tal pontuação fica dentro das aspas.
Ex: Kiko questionou com veemência: “Você não vai com minha cara?”.

Quando citamos um longo período com várias frases e pontuações “internas”, o ponto final deve ser colocado dentro das aspas, pois fecha a citação.
Ex: “No pátio da vila, Senhor Madruga e Kiko dialogam […]. Kiko diz algumas frases de conteúdo não muito coerente […]. Madruguinha diz para Kiko que na salada a gente coloca vinagre e não cachaça.”

Só lembrando que caso em sua citação você encontre frase ou palavra de grafia “exótica”, existe a possibilidade de usar a expressão sic. O que significa sic? Saiba mais em nosso artigo.

Afim de esclarecer outras dúvidas sobre citações, selecionamos para você este vídeo feito pelo InfoInclusão sobre citações:

Pois bem, admito que também tinha dúvida se devia usar as aspas antes ou depois do ponto final.

Admito, também, que já fiz citações fora dos padrões acima descritos, prometo corrigir daqui para frente, um capricho extra não faz mal não é?

O que significa sic – Não estrague sua citação!

O que significa sic?

Você provavelmente já se deparou com essa expressão por aí, mas, afinal, o que significa sic? Saiba que essa é uma informação importante para constar, ou não, em suas citações de trabalhos acadêmicos. Então, vamos ao conceito.

O que significa sic: conceito

Sic é um advérbio latino, e não uma sigla, que significa “desse modo”, “assim mesmo”, “exatamente assim”. É como se você dissesse: “Olha, essa palavra (frase) estranha está exatamente assim na fonte original, o erro não é meu”.

Já vi em alguns trabalhos, talvez pelo fato da pessoa não saber exatamente o que significa sic e quando utilizá-lo, o uso do termo em todas as citações do texto, ou seja, imagino que a pessoa havia entendido que deveria usar sic em toda e qualquer citação, o que não é seu correto significado.

Outro ponto que parece detalhe, mas também é importante, é o posicionamento das aspas antes ou depois do ponto.

Quando o sic é utilizado

Sabendo-se o que quer dizer sic, é importante saber como utilizá-lo. O advérbio sic é utilizado em citações diretas quando você quer mostrar que alguma expressão, por mais estranha que pareça, está escrita exatamente daquele modo na fonte da informação.

O que significa sic?

Utilização do sic nas normas da ABNT

Esclarecido o que significa sic, vamos à sua utilização nas normas da ABNT. A NBR 10520 orienta que o termo sic seja utilizado entre colchetes logo após o termo de grafia “exótica”. Veja abaixo alguns exemplos:

Como utilizar sic na citação?

Pois bem, para aclarar como usar o sic nas citações de nossos trabalhos acadêmicos, vamos à uma utilização prática.
Exemplo: “Afirma o autor que a troneira [sic] está aberta”.
Caso a mesma expressão apareça escrita da mesma maneira estranha várias vezes, você deve usar a expressão [sic passim], que seria algo do tipo “assim mesmo em todo lugar”.

Usar ou não usar sic?

Então, essa é uma questão por muitos discutida. No meio acadêmico criou-se a expressão “sicar”, que significa o ato de mostrar o erro cometido pelo autor da determinada citação.

Alguns autores recomendam que, por questões éticas, o sic não seja utilizado, já que, sendo um citação direta e entre aspas, você já estaria indicando que tudo o que ali está foi transcrito exatamente como o original, sendo desnecessária a utilização do temo sic para mostrar algum eventual erro.

Lembrando a utilização do sic pode ser feita tanto em citações de livros como de textos da internet como Wikipédia e outros.

A fim de esclarecer outras dúvidas sobre citações, selecionamos para você este vídeo feito pelo InfoInclusão sobre citações:

Esperamos que com esse artigo tenha ficado mais claro o que significa sic.

Agora, “sicar ou não sicar”, eis a questão.

Como fazer citação de site e artigo da internet

como fazer citação de artigo da internet

O uso do computador e internet para realização de trabalhos escolares e acadêmicos tornou-se prática cotidiana. A internet é, atualmente, uma fonte quase que inesgotável de informações e referências, em razão disso, muitos têm dúvidas sobre como fazer citação de site e artigo da internet.

Antes de prosseguir, gostaria de conhecer meu método para conseguir aprovações em concursos públicos? Clique aqui.

Prosseguindo…

A facilidade das fontes de citações gerou algumas situações características:

Alunos que não citam: Algumas pessoas que, por não entenderem corretamente como fazer citações, não utilizam conteúdos da internet em seus trabalhos por medo de estarem a fazer uma “cópia” ou “plágio”;

Os que copiam “mesmo”: Alguns alunos que, também por não entenderem que podem usar textos da internet em seus trabalhos, desde que citada a fonte, simplesmente copiam e colam o conteúdo como se tivessem efetivamente produzido o texto.

Dessa maneira, para que fique claro, você pode, e deve, utilizar partes de outros textos, sejam eles da internet ou não em seus trabalhos, contudo, desde que cite o site ou outra fonte. Nesse artigo veremos como fazer citação de artigo da internet de acordo com as normas da ABNT.

Como fazer citação de site e artigo da internet

Como fazer citação de site e artigo da internet

1. Qualidade

Tem-se informação sobre praticamente tudo na rede hoje em dia, no entanto, nem tudo que está publicado deve ser citado em trabalhos acadêmicos. Recomendo que se avalie bem a credibilidade da informação e/ou autor do texto. Alguns sites podem até servir para leitura e para que se aprenda um pouco mais sobre o tema estudado, contudo, não devem ser citados em seu trabalho caso a fonte não seja segura.

2. Data:

Ao contrário de livros que, depois de publicados, “existem para sempre”, textos que foram publicados somente na internet podem aparecer e “sumir” a qualquer hora, basta o autor retirar a página da rede. Por essa razão, temos que tomar alguns cuidados com relação à data na citação de artigos da internet.

Na citação e referência, além de autor, titulo e data, devemos colocar a data de acesso à página, assim deixamos claro que, naquela dia a página existia. Veja exemplos:

No texto:
“O uso do computador e internet para realização de trabalhos escolares e acadêmicos tornou-se prática cotidiana.” (RIBEIRO, 2014)

Nas referências:
RIBEIRO, Valter. Como fazer citações da internet, 2014. Disponível em:< https://www.estudoadministracao.com.br/ler/16-11-2014-como-fazer-citacoes-internet />. Acesso em: 16 de nov. 2014.

Para artigos que não possuam data, interessante notar que, quanto às regras da abnt, a NBR 6023 (2002) em seu título 8.6, que trata das datas, sugere, no item 8.6.2, que se utilize uma data aproximada entre colchetes.
Exemplo: (AUTOR, [201-?]).

3. Autores

É bastante recomendável citar artigos da internet somente quando se conheça o autor da publicação a fim de emprestar maior credibilidade à citação. No entanto, caso realmente seja necessário citar um texto que não haja informações sobre o autor, informe o responsável pela publicação.

Veja:

No texto:
“A editora Jefte Editora lançou, com apoio do Conselho Regional de Administração de Alagoas (CRA-AL).” (CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO, 2014)

Na referência:
CONSELHO FEDERAL DE ADMINISTRAÇÃO. Dica de Leitura. Disponível em:
<http://www.cfa.org.br/servicos/news/cfanews/dica-de-leitura>. Acesso em: 30 de nov. 2014.

No caso de um artigo no qual não haja autor ou mesmo responsável, recomendo que você utilize-o somente como leitura (fonte de informações), mas evite utilizá-lo em citações no seu trabalho.

Só lembrando, que caso expressões de natureza “exótica” sejam encontradas na citação, você pode usar o advérbio sic. O que significa sic? Leia nosso artigo.

Outro ponto é que durante a faculdade, às vezes, não nos são passadas de forma completa as orientações quanto à metodologia de pesquisa, elaboração do texto e como utilizar a citações. Muitas vezes, no curso, os professores ficam atrelados unicamente às questões de formatação, regras da abnt e abordam os demais temas de maneira superficial. Por essa razão eu, pessoalmente, busco aprofundar meu conhecimento em outras, um bom livro que encontrei é o Metodologia Científica, de Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi, pois o mesmo vai desde questões técnicas e formais até as questões de conhecimento, habilidades, informações etc.

Para concluir, tanto em textos de “meio de curso” como em trabalhos de conclusão de curso (TCC) somos “apenas” acadêmicos, de maneira que devemos utilizar fontes externas que comprovem o que estamos afirmando no trabalho. A utilização de citações não é cópia, na verdade, enriquecem seu texto, mostram que você leu e pesquisou sobre o assunto, portanto, faça uso constante de citações em seus trabalhos.

Espero que, com esse artigo, tenha ficado claro como fazer citação de site e artigo da internet.