O que é e qual o índice gini do Brasil

Índice Gini Brasil

O índice Gini ou coeficiente de Gini é a fórmula utilizada para medir o grau de desigualdade social. O índice gini recebe esse nome por ter sido desenvolvido pelo estatístico italiano Corrado Gini, em 1912.

O coeficiente gini varia entre os números 0 e 1, onde 0 (zero) seria uma situação de completa igualdade na distribuição de renda (todos com a mesma renda per capta) e 1 (um) que corresponde a uma completa desigualdade entre as rendas (um pequeno grupo com tudo e a maioria sem nada).

Dessa forma, quanto mais um país de aproxima do um, mais desigual em distribuição de renda ele é.

Índice Gini no Brasil

O Brasil é conhecido como um dos países que apresenta graves problemas de distribuição de renda. Tal conceito não é só impressão, o índice Gini do Brasil confirma isso.

Segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE, o índice Gini no Brasil em 2011 teve o valor de 0,527 e em 2012 ficou em 0,526.

Conforme se vê, o índice Gini do Brasil vem caindo consideravelmente, contudo, ainda é considerado alto.

Veja abaixo um gráfico com a evolução anual do índice Gini no Brasil:

Índice Gini do Brasil

Os quatro princípios da tomada de decisão na economia

Os quatro princípios da tomada de decisão na economia

Principalmente quando se trata de economia, os recursos disponíveis não são ilimitados, é importante saber administrar os recursos existentes a fim de que os mesmos não venham a faltar. Na tarefa de determinar como escolher entre os recursos à disposição temos que, invariavelmente, tomar decisões. Você sabe quais são os quatro princípios da tomada de decisão na economia? Vamos lá então!

Conforme Mankiw (1999, p. 4): “Economia é o estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. Na maior parte das sociedades os recursos não são alocados por um único planejador central, mas pelas ações combinadas de milhões de famílias e empresas”.

No que tange à tomada de decisões, o professor de economia de Harvard e autor de artigos sobre o tema, N. Gregory Mankiw, determinou alguns conceitos/princípios da tomada de decisão.

Os quatro princípios da tomada de decisão na economia

Os quatro princípios sugeridos pelo ilustre professor são: pessoas enfrentam trocas, o preço de algo é o que você desiste para conseguir aquilo, pessoas racionais pensam na margem e pessoas respondem a incentivos. Vamos à análise pormenorizada de cada um deles.

Os quatro princípios da tomada de decisão na economia

  • 1º Pessoas enfrentam trocas:

    As atividades econômicas praticadas pelas pessoas são, na verdade, trocas. Como já afirmado, os recursos não estão totalmente disponíveis de forma que a escolha de um recurso, normalmente, quer dizer abrir mão de outro. Dessa forma, é de vital importância que saibamos determinar o que é realmente importante e necessário a fim de fazer as escolhas corretas. Quando fazemos compras em um supermercado com a quantidade de dinheiro limitada, por exemplo, devemos escolher o que efetivamente compraremos. Tradeoff é o termo utilizado em economia para definir essa escolha. Conforme o professor de Harvard:

A primeira das lições acerca da tomada de decisões se resume no dito popular de que ´Nada é de graça`. Para obter alguma coisa de que desejamos, em geral temos de abrir mão de outra coisa da qual gostamos. Tomar decisões exige comparar um objetivo com outro (MANKIW, 1999).

  • 2º O preço de algo é o que você desiste para conseguir aquilo:

    O segundo princípio refere-se à comparação que o consumidor deve fazer entre o ônus dispendido e o benefício recebido. Quando a pessoa resolve financiar um carro, por exemplo, ela tem que saber que não terá disponível o valor correspondente às parcelas todo mês, até terminar de pagar. Para adquirir algo, sempre é necessário abrir mão de um bem para adquiri-lo, no geral, dinheiro.

Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de decisões exige a comparação dos custos e benefícios dos vários cursos de ação. Em muitos casos, contudo, o custo de alguma ação não é tão óbvio como poderia parecer à primeira vista” (MANKIW, 1999).

  • 3º Pessoas racionais pensam na margem:

    Por mais que tentemos, nossas opções nunca são completamente previsíveis, existem “desvios” ou, em termos econômicos, mudanças marginais, para melhor ou para pior. Dessa maneira, considerando que as pessoas racionais pensam na margem, o tomador de decisões executa a ação quando considera que o benefício marginal é maior que o custo marginal. Um exemplo prático disso é quando escolhemos um produto pela marca ou loja, pensando no “pós compra”, o produto pode ser o mesmo, mas os “extras” ou “marginais” serão diferentes. Assim,

Muitas decisões na vida envolvem a efetivação de pequenos ajustes incrementais a um plano de ação existente. Os economistas os denominam alterações marginais. Em muitas situações, as pessoas tomarão decisões melhores se pensarem na margem” (MANKIW, 1999).

  • 4º Pessoas respondem a incentivos:

    As pessoas, como visto, podem fazer escolhas. Essas decisões são tomadas calculando se o benefício é maior que o ônus, considerando, ainda, as variáveis. Assim, alterações no processo efetivamente alteram a decisão das pessoas, de forma que incentivos, certamente, causarão tal alteração. Comprar em uma loja que dá descontos em compras posteriores é um exemplo disso. Conclui-se, então, que:

Como as pessoas tomam decisões comparando custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quando os custos ou os benefícios se alteram. Isto é, as pessoas respondem a incentivos (MANKIW, 1999).

Dessa maneira, vimos que os recursos disponíveis na sociedade, vida e natureza são, efetivamente, finitos. Devemos escolher, então, entre os que estão ao nosso alcance e, para isso, devemos fazer escolhas, ou seja, tomar decisões a fim de melhor escolhermos e administrarmos os recursos escolhidos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia. Trad. Maria José Cyhlar Monteiro. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

Esperamos que com esse artigo você tenha aprendido um pouco mais sobre os quatro princípios da tomada de decisão na economia.